quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Palavras falsas

Irrita, indigna, adjetivos forçando intimidade. As expressões fora de ordem e elogios precipitados. Abrupto, estúpido e mentiroso, falar o chavão romântico, eu te amo, antes de conhecer de fato. Quando há interesse, a verdade deve ser dita, sem floreios e exageros.

No início queremos contato, existe atração mútua. Primeiro encontro, complicado comentar sobre os filhos do provável casal, delírio de um futuro incerto. Meloso, ridículo, a fala acelerada e o clássico: amor da minha vida.
Na realidade a noção, o senso e a colocação adequada das palavras diferencia o bizarro afetivo do tipo romântico. O bizarro utiliza clichês, o recurso do control c e control v em qualquer relacionamento afetivo. Anota, conta os fatos e exagera, no caderninho de conquista da bizarrice. Histórias empolgadas, eufóricas, sucesso e nunca fracassa. Ficção braba, a velha vira gostosa. Não tem erro na escrita, palavras mentem.
O romântico analisa, percebe as qualidades e investe de maneira personalizada. Mantém em sigilo, costuma evitar comentários e preservar a pessoa com a qual esta envolvido. (por Iberê)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pulou o cercadinho – MSN com fugitiva


Você quer vir aqui?
Não vou conseguir, só conversar, sabe disso.
Mas você consegue conversar?
Sim, mas vai rolar algo, além da conversa,tem camisinha, ai?
Só duas, compra mais e tenta vir logo.
Só uma pergunta, como foi o fim de semana?
Me acabei no sábado, tive recaída, cheirei todas e bebi tudo e fumei maconha, depois doidonas fomos em festa louca de madrugada.
Onde de putaria? Sim.
Deu para alguém lá?
Queria ver você, te mandei mensagem. Porém um moreno lindo e sarado estava me atentando e me levou para sala separada, ficamos conversando, queria me comer. Fez massagem gostosa, boa e sensual, foi levantando meu vestido me encostou na parede, colocou uma perna minha nas costas dele e chupou, fiquei bem excitada
Deu continuação e te comeu depois?
Quando fiquei bem molhada, ele tirou a camisa dele e tirou meu vestido e me colocou de quatro e me comeu devagar.
Simplificando, estava afim da função, não respondi a mensagem e acabou de rolo com o sujeito?
Você esta bravo?
Caso fosse namorada estaria acabado, mas como erramos amigos, quero saber a história antes de cortar o contato.
Se fosse meu namorado, não teria feito isso, mas você disse que é só meu amigo.
Não teria contado, teria feito inhaca igual.
É que não quer nada sério comigo, então estou seguindo com minha vida
Certo, beleza, boa sorte, nesta jornada.
Como assim?
Não vou te xingar, ficar bravo, nada disso, só fico com medo do risco, pois tem ficado com cada figura.
Nossa isso magoou, não vou mais te incomodar então. Sou estranha, realmente, não sei mais o que fazer da minha vida.
Precisa mudar teu destino, mas isso é contigo, só tu pode te ajudar. Caso queira ser levada a sério, precisa te levar a sério. Quem precisa te levar a sério é tu, te limpar de fato.
Você namoraria comigo?
Não, nunca, vive kamikaze, descontrolada, pode partir a qualquer momento, brinca com morte e com as pessoas.
Ok, só isso que queria saber.
É preciso ter medo da morte, não tem apego a vida e a ninguém. Vive por instantes e por isso usa drogas, não se preocupa com continuidade
Entendi, então para de me usar para sexo.
Nunca te usei, afinal nada foi forçado e nem esquenta, já parei.Tenho receio, medo e procuro evitar riscos desnecessários de doenças.
Nossa, pelo menos sei o que pensa de mim.
Sempre fui sincero, isso não pode me condenar.
Não quero entender nada, estou muito triste com você. Está me deixando deprimida, como se eu fosse um lixo usado e descartável.
Não falei nada disso. Lamento, mas talvez tenha sido o único homem honesto contigo, sem ser moralista, hipócrita, nem te julgar, apenas citando os fatos.
Nem precisa, é como esta me fazendo sentir, ninguém gosta de mim.
Faz ajustes então, pois são necessários.
Eu sou feliz assim e quero achar alguém que me entenda e ame.
Precisa te entender antes, assim fica uma busca estilo Caverna do Dragão, interminável.
(por Iberê)

sábado, 26 de novembro de 2011

Oi à revelia

Banal, simples, corriqueiro, mas mando aos montes, quando estou com tédio ou curioso para saber notícias. Pode parecer esquisito, porém sinto necessidade de mimos e testar minha popularidade. Mantenho contato até com a sombra se for para ganhar elogios. Doentio, paranóico, porém tenho um cercadinho virtual, com única intenção ser paparicado.  Ridículo, horrível, detestável, sofro de uma doença grave, complexo de Johnny Bravo.
Admito, confesso, assumo, quero por nada, confiança, admiração e fãs. Surto, deliro, com as chinchilas sou Deus, decido futuro e destino de cada. Com as mulheres tento fazer o mesmo, funciona, modifico hábitos e vou moldando até ficarem de forma adequada para mim.
Após fazer os ajustes, fica um marasmo, momento de recomeçar e buscar outra. Curto a conquista, o desafio, mas me empolgo acabo falando de forma exagerada. Chega de falar de mim, vamos falar de você, o que você achou de mim? (por Iberê)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Banho de chuva


Água gelada, sorridente e sonhador. Imaginação livre, criava e desenhava histórias. Roupa molhada, nem preocupava. Aproveitava, curtia, corria, brincava com os pingos. Sensação de liberdade, momento de magia e alegria. A chuva impedia, drama, tristeza e tragédia.
Condição climática mudou sol e mormaço, seca a esperança e prejudica os sonhos. Parou de desenhar, começou a perceber o conteúdo dramático e real. A ficção perdeu espaço para a realidade. Lembra com saudosismo, quando tinha alforria para delírios criativos. Alterou o olhar, um semblante carregado.
Nos álbuns, as memórias e resíduo da época de sorriso constante. Queria voltar, por um dia, quem sabe alguns segundos bastariam para recuperar. Onde afinal ficou a emoção de rir a toa? (por Iberê)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mentir e seguir ou parar?

Pergunta simples, quase banal, mas com conseqüência. Ela questiona: – Tu me ama? Eu fico em dúvida e agora, responder a verdade ou dar um basta? As mulheres tem a necessidade de se sentirem seguras, compartilhar e dividir sentimentos. Basta uma mentirinha e manter a situação sobre controle.
Porém de forma abrupta, resolvo ser honesto e sincero: -Não. Faz uma expressão de desacordo, desilusão, desânimo e tristeza.  Vejo aquele rosto aos prantos, percebo no semblante o final. Com a verdade dita, planos, projetos e futuro interrompidos. Transparência, realidade, suspende delírios de união.
Caso mentisse, ela teria continuado, sonhando, criando histórias e acreditando em depois. Opto pela veracidade, assim posso até parecer bruto, mas ficção não é comigo. Ficar enrolando, contando historinha, ilude e mantém uma falsa sensação.
Confesso, admito, me assusta esses amores relâmpagos. Tipo trovão, em segundos surgem, fazendo barulho e estardalhaço. Prefiro na forma garoa, parece frágil, fraco, mas ao contrário é constante e quando se percebe estamos envolvidos. (por Iberê)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Comi a mãe, mas o piá não é meu!

Noite, festa troca de olhares, beijos, motel e caricias. Desejo, sem jantares ou conversas, bastava uma ligação e sexo. No celular constava na agenda como FG. Era gostosa, boa de cama, uma loira tipo padrão.

Ligava, marcava o local e hora, quem chegasse antes avisava o número do quarto. Objetivo, duro e direto ao ponto. Ausência de enganação, a vontade mútua transar.
Porém evitávamos intimidade, pode até parecer estranho, quase instinto, o foco o contato físico. Nunca perguntava de família, trabalho ou qualquer assunto. Vários encontros, novos locais e posições diferentes. A voz dela, lembro dos gemidos ao prazer. Quando entrei lá, recordo um gritinho estridente. Divertido, descontraído e cobranças inexistentes era pá-pum direto.
Atende uma criança, cerca de quatro anos, pensei ter errado o telefone dela. Ligo de novo e escuto: “A mamãe falou que a janta é aqui”. Fui pego de surpresa, papo estranho e forçando uma barra. A relação carnal, ela apelou de forma baixa, querendo mudar e alterar a situação. Comigo não funcionou essa tática esquisita. Respondi ao piá: “Avisa mamãe para procurar o papai, pois eu estou fora.” Pedi para o guri, repetir as palavras em voz alta, para evitar confusão e esquecimento.
Perdemos o contato, até hoje poderíamos estar dividindo e compartilhando momentos. Por mim teria mantido a sintonia sexual, mas se empolgou quis encontrar um pai para o piá. (por Iberê)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

As lembranças ficam

Acabou, já era a relação afetiva. Morreu o sentimento e a emoção. Por interesse e prazer mútuo, se estendeu mais um tempo, mas sem sentido. Um esforço físico, como tentativa inútil de reverter e continuar a vontade de estar junto.
Culpa, palavra maldita e errada para definir o fim. Desgaste na convivência, divergências diárias, aos poucos foi entrando a rotina e destruindo a intimidade.
No começo, a proximidade ideal, ela gostava de mim e eu dela. Vivemos um amor, tentamos seguir e levar uma vida em harmonia.Ninguém pode julgar e falar qualquer bobagem sobre nós. Tínhamos nossos defeitos, mas nunca, nem nas brigas abrimos as histórias. Havia respeito, existia civilidade e ausência de interferência familiar. E agora encerrou, simples e direto.
União interrompida, faço as malas rápido, enquanto ainda dá para levar comigo as lembranças positivas. Caso continue e force, só levarei trapos, resíduos de atrito e recordações com ódio. (por Iberê)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Psiu, vamos manter em silêncio!

Falar, contar, espalhar - sem necessidade, bastam nós dois. O sentimento deve ser preservado, senão fica algo vulgar e pode ser estragado. Prefiro amar em segredo, não há motivo para divulgar. O sigilo evita inveja, impede palpites e mantém a intimidade.
Desnecessário revelar, impossibilitando assim o surgimento de boato, fofoca e interferência de amigos ou familiares. A relação de duas pessoas com conivência dos lençóis e travesseiros.
Constrangimento de assumir a felicidade de estar ao teu lado diante de tanta tristeza e falsidade ao redor. Vergonha de ser feliz e observar a mentira e hipocrisia de casais superficiais. Pode parecer estranho, mas vamos segurar a emoção e o entusiasmo: temos as chinchilas como testemunhas.
Vergonha nenhuma: queria gritar, escancarar, avacalhar com o marasmo e mostrar a verdade. Ainda é cedo, vamos aguardar o momento adequado para revelar.
Amor em segredo, como uma ilha deserta, em volta o oceano, ondas revoltas e tempestades. Como um sonho, areia fofa, sol e natureza. Passos tranqüilos, curtindo cada passada no ritmo das batidas do coração e sentindo a vibração da brisa marinha.
Prazer, precisa falar? Desejo, alguém precisa saber? Qual a justificativa de abrir nossas confidências? Psiu, vamos manter em silêncio! (por Iberê)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Como acabar um namoro

No inicio tudo perfeito, a cara metade, o amor da vida toda e o pensamento “felizes para sempre”, parece feito para definir vocês juntos. Porém com a convivência, os chavões românticos começam a ficar sem sentido e o fim inevitável. Cada dia se torna um martírio, há perda brusca de sentimento e o comportamento afetivo fica semelhante de um robô, ou seja, ausência total de emoção.
No entanto o desfecho sempre é complicado, pois uma das partes nem percebe o desinteresse da outra ou finge não notar. Na hora de uma eventual separação: o tempo de envolvimento e eventuais sonhos coletivos, devem ser ignorados. Afinal a rotina mostrou a realidade e o descompasso de sintonia do casal. Um problema sério nestes casos é a manutenção do enlace por comodismo, piedade e conformismo. Esquecendo o principal de uma relação afetiva, a felicidade dos envolvidos.
A decisão de terminar, quando definitiva deve ser feita de forma direta, sem rodeio e indefinição, uma ligação comunicando o fato resolve a questão, mas nada de sutilezas. Uma conversa seca sem muita margem para explicação sobre o motivo. Qualquer tipo de contato com o ex-namorado cortado, pois existe a possibilidade de recaída por insistência. Outro fator simbólico mais necessário para compreensão do término é a devolução dos presentes trocados. Fundamental comunicar o fato, aos outros membros da família para evitar o constrangimento e cenas desnecessárias, como a presença dele em eventos familiares.
Sim vai insistir para recomeçar, será capaz de recursos baixos para voltar, como te seguir na rua, intermináveis ligações e visitas com pretexto de pegar algo esquecido na tua residência. Mantenha distância e pense na sua felicidade, pois a de vocês já faz parte do passado. (por Iberê)

domingo, 13 de novembro de 2011

Resposta do coração

Tentei te esquecer, fingir ser cafajeste
Meu coração reclamou, pediu para deixar de agir como peste
Sofri em silêncio, esperando o tempo suspender a tristeza
Admito perdi pelo atraso em ver com clareza
A realidade do sentimento afetivo
Cometi erro e foi decisivo
Não mereço perdão
Nem sei qual será tua reação
Só queria te falar, a verdade
Guardo os momentos passados como realidade
Estou perplexo, perdido
Meu coração bate sofrido
Talvez nunca mais te veja
A situação confusa e quem sabe reveja
* Esse o meu vexamão, uma letra brega ao extremo.
(por Iberê)

sábado, 12 de novembro de 2011

"Perdão, Não Tem!" - Pelé e Elis Regina

Uma dupla inusitada foi formada em 1969, o jogador Pelé e a cantora Elis Regina, fizeram juntos um disco Tabelinha com duas composições de Pelé, Vexamão e Perdão, não tem! Escutem o vexamão de perdão, não tem!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Eduardo e Mônica" - Renato Russo


Quem nunca escutou, precisa ouvir, conhecer o gênio Renato Russo e uma das suas melhores músicas, "Eduardo e Mônica". Na qual cita diferenças, atritos e convivência de um casal. Essa a dica para vocês.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Por você!

Delírio, esqueço a lógica e acredito na continuação. Sigo, permaneço tentando, me esforço em buscar qualidade, mas ainda vacilo na mesmice da repetição. Patético, banal e previsível, coloco afeto em abundância, a palavra acaba ficando solta perdida na história. Com frases soltas, idéias desconexas, assim acabo afastando e assustando novos amores.
Sonho, fãs, elogios, agrados e mimos. Nas ruas reconhecido, autógrafos aos montes, assédio do público, mera ficção, nem nos textos conquisto.  Chato, feio, horrível,deprimente, não eu, mas as frases escritas por mim. Contraste a realidade solitária, abandonado, quase vazio, triste e depressivo. Sem ressentimentos, com tesão queria conquistar, encantar e atrair.
Lamento, fase ruim, um único personagem e fatos contados a revelia. Tento simplificar, reduzir o contexto, resumir e ser dinâmico. Evito enrolar, brusco corto artigos e síntese, ninguém entende, gosta ou aprecia. Rabisco, rascunho e procuro emoção por você. (por Iberê)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Fogo e Paixão" - Wando


"Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Eu sou fogo
Você é paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Você é fogo
Eu sou paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão..."

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Contraste de fases

Vibrante, eufórico, motivado e feliz, juntos sintonia e momentos agradáveis. No começo, o  encontro dos dois, quase um instante mágico. Chavões românticos parecem servir para definir a união.  Querem compartilhar, dividir as situações positivas ou negativas. Sentimento perceptível, harmonia no olhar, trocam caricias e na teoria o mundo encantado.
Realidade, acaba com a ficção, aos poucos se percebe os defeitos, irritação com qualquer motivo ou até sem nenhum. Atritos por canal da TV, pela escolha da comida, por futilidades. Triste, brabo, irritante, mas vontade de ficar só, evitar o contato.  Expressão fechada, ausência de sorriso e palavras. Conversas as básicas já viram DR. Final evita aproximação, distância vira rotina e romantismo delírio.
Brusco, mas temos mudanças, antes amor, modifica o significado e pode em segundos se tornar insuportável. Na interação de um casal o equilíbrio o indicado, porém quando se refere a emoção vai da escala de interesse intenso para falta dele. (por Iberê)

sábado, 5 de novembro de 2011

"Amante Profissional" - Herva Doce


"Alô?
Alô, quem é que tá falando?
É o amante profissional
Como é que você é, hein?...
Moreno alto, bonito e sensual
Talvez eu seja a solução
Do seu problema
Carinhoso, bom nível social...
Inteligente e à disposição
Pr'um relacionamento
Íntimo e discreto
Realize seu sonho sexual...
Prá qualquer tipo de transação
Sem compromisso emocional
Só financeiro
E o endereço prá comunicação
Prá caixa postal
Do amante profissional...
Amor sem preconceito
Sigilo total!
Sexo total!
Amante profissional...
Moreno alto, bonito e sensual
Talvez eu seja a solução
Do seu problema
Carinhoso, bom nível social...
Inteligente e à disposição
Pr'um relacionamento
Íntimo e discreto
Realize seu sonho sexual...
Prá qualquer tipo de transação
Sem compromisso emocional
Só financeiro
E o endereço prá comunicação
Prá caixa postal
Do amante profissional...
Amor sem preconceito
Sigilo total!
Sexo total!
Amante profissional..."

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rir a toa

Imprevisto, atitudes desconexas e desgaste, ambiente confuso, estranho e modificado a revelia. Provocações constantes, deboches e falta de interesse, apenas um se expondo, só um amando.  Na relação, sozinho, algo impossível, precisa ter troca de olhares, beijos e caricias. Quando as trocas são de ofensas, agressões e insultos, momento de suspender.
Juntar as peças, recomeçar o quebra-cabeça afetivo, com afinidade em instantes se monta novo. Porém com ausência de afeto, sempre falta alguma peça, fica incompleto e inacabado.
Segredo, mistério, suspense, cada pessoa tem um jeito, uma maneira de se relacionar. Eu, procuro quase nada, apenas uma mulher atraente e com senso de humor. Quero momentos agradáveis onde se pode rir a toa, na boa. (por Iberê)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sem ponto, vira nó

História no começo descontraída, divertida e agradável, mas atrito, lapso e interrupção. Ficou enrolado e confuso, precisava parar, tinha ficado sem sentido seguir. Cada novo contato, discussão, divergência e intimidade indo embora. Ela insistia queria tocar adiante o relacionamento, mas o final era inevitável. Eu, queria sair o quanto antes, para ao menos na memória guardar registros positivos. 
Tentei ser discreto, sair de fininho, sem chamar atenção, nem fazer estardalhaço desnecessário. Objetivo simples continuar, mas recomeçando outra história. Ela, mandava torpedos em seqüência, alternando conteúdo entre carinhosos e agressivos. Emails, caia no spam, apagava nem lia, ligações várias, rejeitava, afinal tinha acabado.
Perturbou, incomodou, me assustei lembrei inclusive do filme Atração Fatal, no qual no surto mulher coloca coelho em panela fervendo. Pensei na cena com lágrimas, imagina essa imagem com uma das minhas chinchilas.
Resolvi suspender a sutileza, estava precisando de um ponto final, história estava virando nó. Tática suave, neste caso estava sendo inútil. Afastamento era lógico o desfecho. Direto, brusco e seco, respondi: -Lamento acabou. Última mensagem dela: - Estou me sentindo uma ridícula por estar tão apaixonada por você.
Ponto, chega, vou encerrar aqui esse texto. Caso contrário, pode ficar tipo essa história sem sentido, graça e virar nó. (por Iberê)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Conversa de Amigos

Restaurante, petiscos, sentados falam e comem em abundância. Churrasco, grelhado, pizza, xis, o cardápio é variado.
Compartilham, momentos agradáveis na convivência. Lembram de casos acontecidos na infância, fatos marcantes da adolescência e histórias atuais. Conversam de forma direta, sem receio das palavras. Possuem intimidade e podem compartilhar a realidade de maneira transparente.
Eles costumam se encontrar, ao menos uma vez por semana. O dia pode alternar de acordo com as agendas. As mulheres ficam fora, amizade é deles e longa. Neste período muitas se foram, algumas tentaram e poucas continuam. Papo de macho, nada superficial, tem conteúdo. Abordam assuntos sérios como política, esportes e cultura. Porém, gostam mesmo de citar a qualidade da mulher alheia. A gostosa da propaganda, a estrela do filme e a garçonete atraente. Nunca as próprias, preservam a exposição de detalhes da namorada, noiva e esposa. Os rolos e casos passageiros, divulgam informações. Discutem a preferência, trocam relatos.
A expressão de pânico, quando algum recorda a menstruação atrasada da respectiva. A possibilidade de ser pai de forma imprevista, choca todos na mesa. Conselhos como evitar retorno de relação afetiva. Risco na reconciliação pelo famoso golpe da pílula. O desespero de ex, não tem limite, suspendem hábitos antigos por uma tentativa brusca de continuar.
Dão risadas da mesa ao lado, o coitado do marido tem um tipo vulgar. A figura ridícula e caricata, roupas estranhas e necessidade extrema de chamar atenção. Silêncio constrangedor, quando tem presença de toque de grude. A vítima nem atende a ligação, mantém o papo descontraído.
Olham para cena esquisita, discussão, briga em público. Ela demonstra falta de equilíbrio e incapaz de uma conversa. O atrito no local, gera revolta. Rejeitam escândalos, nestas condições improvável afeto. Gostos diferentes, mas o critério de escolha igual. Uma mulher atraente, agradável e liberdade individual. Condições de diálogo e apta a ajustes necessários na relação afetiva. (por Iberê)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Espera

Odiava esperar. Gostava dela, mas estava abusando da sorte. Parecia um idiota, os amigos olhavam e riam. Ninguém acreditava no meu mico. Será que seria deixado na mão e abandonado?

Ele está esperando. É bom fazer um charme, deixar ansioso. Esperei cinco anos, por que ele não pode esperar quinze minutos? Por outro lado... Já demoramos tanto. Homem tá difícil. Vou entrar agora. Não! Só mais um minuto.
Irritado com a demora, já estava me distraindo. A amiga com belo decote chamava atenção. Olhava com descrição. Tantas opções! Teria feito a escolha certa?

Ok, fiz a escolha certa. Vou entrar agora. Já deu tempo. Agora eu vou. Espera! Eu quero isso? Lavar, passar, cozinhar, limpar banheiro? E a mãe dele? Está lá na frente, a velha. Me odeia. Bem, tem vingança melhor do que casar com o bebê dela? Agora eu vou.
Nunca fui atrás dos palpites da minha mãe. Porém tinha falado como sempre que estava entrando em fria. Talvez desta vez tenha acertado. Deve ter jogado uma praga, justo agora que estava levando a sério. As duas não se davam, pareciam me disputar.

Agora é prá valer. Controle-se! A música começou, a marcha nupcial. Está tudo bem, tudo sob controle. É só andar. Um pé de cada vez. Igreja cheia! Por que todo mundo me olha? Olha prá ele. Ele está lá na frente. É o noivo. Olha lá! Esse sorriso colado na minha cara. Estou me sentindo toda tensa. Olhem prá ele. Ele está tão... tão lindo.
Mandei tocar a música, enfim apareceu a noiva. Anda logo criatura, já estou afim de sair desta igreja. Não agüento mais escutar as piadas do padre. Providenciei uma taxa para o teto da capela.

Não sei que graça acham em noiva. Gente, é só uma mulher entrando na igreja. Peraí! O que é aquilo? A ex? Cara de pau, dos dois! Vou mandar colocar essa mulherzinha prá fora. Pensando bem, querida, fica e assiste. A festa de vocês acabou definitivamente. Ganhei!
Sou um homem prevenido, resolvi ligar para minha ex. Sim, se ela não viesse não iria sair sozinho daqui. Ia ter festa igual, o plano B já estava em ação. Casava com a outra, só para não ficar de palhaço.

Ganhei! Ganhei? Ganhei o que? Trabalho, casa, filhos e, daqui a alguns anos, quando eu estiver velha, o divórcio. Vai me trocar por outra com metade da minha idade. Vou embora. Ah, mas olha... estou chegando. Cinco anos. Ganhei a corrida, venci a sogra e a ex! Depois, ele tão lindo e tão perto.
Se falar não, dou um tapa na cara. Aqui dentro só tem uma alternativa. Tomara que não faça como nos jantares e resolva refletir muito antes de responder. Não vejo a hora de tirar essa gravata e esse terno ridículo. Perdi, agora vou ser vigiado de perto.

Altar, finalmente! Padre. O que ele está falando mesmo? Nossa! Precisa isso tudo? Não dá para ir direto para parte do 'eu vos declaro marido e mulher'? Tô com fome, esse sapato está me matando e a calcinha... Humm! Não posso pensar em calcinha na frente do padre. E o outro? Parece meio nervoso. Será que vai dizer não? Mando matar. Não! Mando capar!
Certo agora vai essa inhaca. Já dei um cheque ao padre para acelerar esse discurso sem sentido. Vamos logo para parte do sim.

A essa altura do campeonato eu aceito tudo. Sim! Sim! Sim! Agora é você. Anda, diz logo que aceita.
Demoro um pouco para responder. Lembro das outras, como aceitar de forma passiva o cativeiro.

Anda! É rápido. É só dizer 'aceito'. 'A-cei-to'. Anda!
Digo sim. Choro, olho os decotes em volta e penso em quantas beldades estava perdendo.

Ufa! Por um instante eu ouvi as risadas da velha, o olhar vitorioso da ex. Esse é meu. Não, não é uma questão de vaidade. Sabe, como é. Bonito, bem empregado, sexo ótimo. Outro assim, só em mais outros vinte anos prá achar. Tem que ser racional nessas horas!
Vai ser barbada enganá-la. Parece apaixonada e sem noção. Certo vou conseguir dar umas escapas e curtir.

Chegamos ao 'pode beijar a noiva'. Finalmente. Até que... Olha, até que eu fiz uma boa escolha. Vamos lá. Já fizemos várias vezes.
Cena estranha, beijo sem graça e com trezentas pessoas batendo palmas. Nada caliente, não posso continuar, sem mãos e suave. Parece algo juvenil, mas pelo menos acabou esse negócio.

Estranho, mecânico. Tudo bem! Você se sai melhor mais tarde! Só quero sair logo daqui. O sapato continua apertando e aqui tá quente feito o inferno.
Acabou. Agora vou beber para tentar esquecer.
(por Iberê e Betânia)

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