domingo, 25 de março de 2012

Cerveja gelada na porta

Inusitado, estranho, esquisito, mas quando chegava em casa um isopor com gelo e polar dentro, na minha porta. Gostava do mimo deixado pela vizinha aqui. Olhos verdes, cabelos cacheados, corpo escultural, um metro e setenta de altura, separada, 25 anos e um piá.
Morava ao lado, vivia em festas e com amigas. Era divertida, engraçada e linda. Nunca tentei nada, nenhuma abordagem, teve momentos delicados, olhares e até situações atípicas. Meus amigos questionavam, Iberê vai gruda, atucana, atropela e pega. Porém via perto e como amiga.
Com o tempo se mudou, veio morar no local, um casal de idade avançada. Acabou o encanto, o charme e cheiro perfume, trocado por de baseado pelos corredores. Os velhinhos eram viciados, consumiam drogas a revelia.  Garrafas espalhadas, quebradas e fedor de cachaça. Beleza, simpatia, substituídas por rugas, palavras desconexas e atrito. 
O contraste complicado de entender e injusto, queria cerveja gelada na porta. Alguém conhece um asilo para viciados? (por Iberê)

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Dica: Leiam os textos feitos pelo Marcão, histórias marcantes, contadas com realismo. Descreve os fatos de maneira direta, sem receios ou pudores.

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