sábado, 31 de dezembro de 2011

2012

Previsões se confirmem em 2012, acabe o mundo da depressão, tristeza e solidão. Continue a esperança e se mantenha ativo os sonhos. Suspensão no marasmo, conformismo e passividade, O Cercadinho quer ações e movimento. Parado basta os políticos, mas até esses vão se mexer um pouco, afinal é ano eleitoral.
Agradecemos, o carinho, a atenção, o afeto, dedicação das leitoras, na leitura e nos comentários referente aos textos.  Vamos seguir escrevendo, contando fatos e histórias, mas queremos manter essa interação positiva e saudável no blog. Portanto, critiquem, reclamem, porém não esqueçam de elogiar quando necessário. Sim, gostamos de mimos espontâneos.
Iberê manda beijos para as queridas. Wanderlei deseja um Feliz 2012 para todas suas princesas (tem espaço pra todas, diz ele). Marcão continua sumido, mas com novo ano, quem sabe apareça. E Cebola, dia 31 de dezembro, acabando 2011 e agora começa um outro, boas e muitas festas para cada uma de vocês. (por Cebola, Iberê, Marcão e Wanderlei)

Lógica Afetiva

Primeiras ações
Segundas intenções
(por Iberê)


* Com fim de ano momento nostalgia e poesia.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Último romântico


Galanteador da época de mandar flores para pretendente. Um tipo físico comum, mas com talento em definir nas palavras o sentimento. Inteligente, esperto, conseguiu traduzir afeto em letras de música. Só louco, amou como eu amei.

Insistente, capaz de vencer doenças graves por amor. Porém frágil e vulnerável, diante da situação da amada. Amava de forma imortal, resistiu até o limite da musa.

Negou uma vida solitária, sempre esteve acompanhado. Não resistiu, a tristeza da perda da consciência dela. Preferiu a honrosa despedida ao vê-la sofrer. É doce morrer no mar.

Nunca mais, sábado em Copacabana das rosas. Não tem solução, promessa de pescador. Samba da minha terra, o que é que a baiana tem, saudade de Itapoã. A história semelhante a Romeu e Julieta. João Valentão, lenda do Abaeté. Um personagem real, eternizado pelo nível e qualidade.

Continua, permanece vivo, basta escutá-lo com coração. O Highlander do romantismo, deixou mensagens em forma de versos. Falava de forma lenta, cuidava e tinha carinho pelas palavras. (por Iberê)

PS: Texto em homenagem ao Dorival Caymmi, último romântico falecido há cerca de três anos.

Relação afetiva tipo grude

No grude o vínculo afetivo fica chato, constrangedor e vergonhoso. Sim, quando toca o telefone, a certeza é ela. Liga de forma repetitiva para escutar a tua voz, dá vontade de desligar o aparelho, mas a tática não adiantaria. Costuma te acompanhar em tudo.

Sabe aquele jogo descontraído com amigos, pois agora tem torcida. Pior ainda, tenta participar de forma efetiva da atividade, se envolve inclusive nas discussões da partida. No final, quando sentam suados, sem camisa para tomar cerveja, está ali ao lado sorridente.
No teu ambiente de trabalho, presença marcante, quase funcionária da empresa. Faz o absurdo de invadir reunião, para dar oi pela vigésima vez ao dia. Na academia, neurótica vira a tua sombra.

O churrasco de amigos com a presença exclusiva de homens, faz questão de comparecer. Tenta agradar, faz a caipirinha e escolhe o canal da TV. Acorda antes de ti e coloca bilhetinhos ridículos no bolso do casaco. A caminhada de manhã com o teu cachorro, ganha mais um participante. Solícita pega com a sacola plástica, os dejetos caninos no chão.
Ausência de liberdade até para ir ao banheiro sozinho. Acompanha de perto da privada, alcança o jornal para leitura e fica esperando o momento adequado para entregar o papel higiênico. Reuniões em família, sem a presença  dela, impossível. Qualquer programa com tua participação comparece  junto.

A vigilância extrema, semelhante a uma cadeia, as grades são representadas pelos laços afetivos. Ao contrário da proximidade exagerada, no sistema prisional há um horário livre no pátio para o banho de sol e exercícios. (por Iberê)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Encantadores de Queridas – Desbravando o recanto das queridas

Porto Alegre ao escurecer vira cenário de fascínio para os encantadores de queridas, esse o contexto da história de Iberê e Cebola. Noitadas sem limites e frescuras, isso se deixa para nerds, cuscos e afins. A noite começa regada cerveja, caipiras e churrasco, o foco único mulheres, independente do local onde estivermos. Nossa área de atuação e abordagem, engloba o eixo entre Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Litoral Gaúcho, Litoral Catarinense, Interior e qualquer lugar onde estejamos procuramos por elas. Vamos logo para os fatos, afinal frescurinhas e enrolações, deixamos para outros, homem fala direto.
Então tá, vocês ainda estão lendo, se preparem para papo de macho e verídico. A noite começa, estamos para variar bêbados, fugindo das blitz e barreiras policiais. Até encontrar um local repleto de queridas de qualquer raça, tipo, idade e religião. Definindo tendo "a liga" tá valendo aproximação. Enfim chegando ao Recanto das Queridas, após várias abordagens, pois homem atucana até levar alguma. Conhecemos duas de estatura mediana e pelo efeito álcool pareciam interessantes. Cebola afoito e menos bêbado grudou a melhor da dupla, Iberê quase caindo de tão bebum, pegou a segunda como princesa. Continuamos bebendo dançando com elas e cuidando as outras nas proximidades. Finaleira de festa, local quase vazio em delírio, alucinação, Iberê usando as mãos retira o sutiã. Chupões e beijos nos peitos, a cena fora de contexto, inusitada, logo virou atração, seguranças ao redor olhares indignados, risadas generalizadas dos outros participantes da festividade. Cebola na mesa ao lado: - Isso aí Iberê, dá no meio dela!
Iberê e Cebola, confirmaram a noitada com as queridas? No capitulo seguinte, acaba esse suspense e novas histórias. (por Iberê)

Realidade acabou com a brincadeira

Jogava pedrinha na água e ria quando picava. Corria por diversão para sentir o vento. Lia como brincadeira, assistia desenhos e gostava de ficção. Sonhava, acreditava e vivia. Batata frita, chocolate, sorvete e bolachas, custo zero e cardápio livre. Bastava pedir e a comida solicitada era feita. Cara feia e o verde, no prato fora ficava.


Ausência de agenda e compromisso - simples acordar e seguir o dia. Horário, só as refeições e a rotina liberada de stress. Doenças, apenas gripe e resfriado.


Acabou a moleza, acordo atrasado, preciso acelerar senão perco a hora, ninguém espera. Alimentação controlada: frituras restritas, a gordura prejudica. Doces, evitado o consumo em exagero. Orgia alimentícia, limitada à memória.
Piá tocou um pedregulho na janela, vidro quebrado e prejuízo. Noticias apavoram, leio o jornal por informação: crise mundial, dólar sobe e bolsa desaba. Vejo o noticiário econômico por necessidade.


Atividade física: o futebol no final de semana. No mercado, a escolha dos produtos, o critério é o preço da mercadoria. Inviável pegar qualquer item sem observar o valor.
Kibon, dois litros: cerca de quinze reais - o cifrão embutido no gosto. Cardápio irregular, é preciso modificar e comer mato. Por economia de saúde.


Expressão forte, preocupado, olhar fixo compenetrado, tenso e sério. Contas. impostos, seguros, água, luz, telefone e mercado. Regulo os trocados, pago as despesas e escapo de dívidas. O sorriso virou retrato antigo e lembrança. O desgaste suspendeu a alegria, enterrou a esperança e o imaginário. Realidade direta, seca, derreteu os resíduos criativos. (por Iberê)
Aviso de utilidade pública:

Marcão está em férias.

Att,
O Cercadinho

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Teoria das partes

Uma mulher tem que ter pelo menos um pedaço atrativo para se começar uma relação afetiva. Aqui não entro na mesmice de afirmar a necessidade de uma aparência perfeita. Longe deste critério, estou escrevendo sobre realidade e perfeição faz parte da utopia. Além de cada homem ter uma preferência pessoal ao analisar a beleza feminina.

Há divergência de escolha pelas várias qualidades encontradas, são muitas atrações, cada uma de vocês tem um encanto específico e exclusivo. No critério de avaliação básico: as múltiplas variações de cor e tipo de cabelo, a pigmentação da pele, a cor dos olhos e o formato do corpo.
Chega de teoria vamos aos fatos, estava na beira da praia contemplando, junto com amigos as beldades que passavam pelo mar. Lindas, bronzeadas, com curvas em tamanho adequado e corpos esculturais. Quando um deles de forma surpreendente começa a olhar para baixo, a observação centrada na altura da areia.

Tento em vão encontrar a gostosa se bronzeando, porém não tinha nenhuma deitada naquele trecho. Ele continua vidrado fixo observando o chão. Intrigado questiono o objetivo focado, a resposta o pé feminino, fetiche denominado como podolatria. Estranhei, afinal considero outras partes mais nobres de admiração. (por Iberê)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Homens choram

Mentira, falso, errado, o mito de indivíduo do sexo masculino ser incapaz de sentir. Sofremos tanto quanto as mulheres e por motivos variados. A derrota do time na final do campeonato, excesso de consumo de álcool e pasmem por amor.

Projetos, sonhos idealizados, interrompidos pela perda brusca do sentimento. Após seis meses de convivência, a relação afetiva acaba, por opção dela. Pega o carro, dirige sem rumo, buscando a compreensão do fato. Madrugada passa, estaciona o veiculo e começa a chorar pelos sonhos perdidos. O dia amanhece, as lágrimas continuam jorrando no rosto agora solitário.

Telefone toca, notícia péssima, fica atônico, questiona a veracidade da informação. Confirmada a tragédia, ducha rápida, coloca qualquer roupa, desce as escadas em ritmo acelerado. Pega táxi, dá o endereço e solicita pressa. No trajeto, ausência de palavras e angústia. Chega, desce, vê o desespero ao redor e segura. Consegue acalmar os familiares, finge ser forte. Cemitério, caixão aberto e primo dentro. A cena choca e causa desespero. Aos prantos se distancia do corpo e procura um canto entre as lápides para demonstrar emoção.

Descarrega, lembra da alça, volta, segura com raiva, cada passo lento, na tentativa inútil de estender o final. O trajeto de vinte metros até o buraco aberto na parede. Quase fim, acontece imprevisto, erro de cálculo do coveiro e falta espaço. Entra na cova, aos murros quebra o concreto e resolve. Na brutalidade do ato a mão sangra, nem percebe. Sente dor, mas emocional, não física.

Homem chora, porém prefere sofrer de forma individual. Procura manter em segredo, considera fragilidade expor em público sentimento emotivo. (por Iberê)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As mentiras que os homens contam

Era alguma data festiva, estava procurando presente passei numa livraria, o título atrativo "As mentiras que os homens contam" chamava atenção. Dei uma bela folhada e acabei lendo o texto do Veríssimo que dá nome  a obra e fiquei com vontade de ler o resto. Portanto, conclui que seria um presente adequado para minha mãe. Primeira mentira, afinal era para mim, disfarcei direitinho fui pegar emprestado, só alguns dias depois.

Segunda mentira, recebo uma ligação pela manhã de uma querida, com uma pergunta: "Lembra hoje é meu aniversário?" E de forma rápida respondo: "Lógico até comprei uma surpresa para ti." Na verdade, não tinha nem idéia da data, lembrava da cor do cabelo e do tamanho dos seios. Estava carente, fato evidente pela ligação, portanto seria alvo fácil.

Combino uma janta na casa dela, peço para mandar uma mensagem confirmando o endereço. No decorrer do dia esqueço de comprar algum engodo, o shopping já estava fechado pelo horário. Tenho necessidade de levar algo, chegar atrasado e sem presente, a deixaria indignada e suspenderia qualquer chance de transa.

Terceira mentira, "Mãe passei só para dar um oi e ver como estão as coisas". Fiquei alguns minutos na residência dos meus pais, parecia um pit stop de Fórmula1, mas o objetivo era resgatar o livro. Consegui, saí com o livro embaixo do braço.

Quarta mentira, enfim chego no local desejado, ela abre a porta, vejo uma mesa enfeitada com vários apetrechos. Antes de entrar entrego o livro e falo "Comprei pra ti". Fica entusiasmada com lembrança e afirma categórica: "Os homens não são todos iguais, tu é especial". Escutei aquela frase melosa com paciência, afinal a noite estava garantida. (por Iberê)

domingo, 25 de dezembro de 2011

Conteúdo

Conquistar uma mulher fútil, barbada, mas uma relação destas é superficial, falta conteúdo. Alguns amassos e página virada, situação efêmera no máximo gera um capitulo, sem desdobramentos e nem perspectiva de novos personagens.

Uma historinha banal, quando acaba muitos casos são esquecidos, não merecendo registro. As verdadeiras histórias são complicadas, difíceis, vários obstáculos, empecilhos e adversidades. Cada linha para ser escrita são diversas tentativas, folhas de rascunhos e foras. Quando enfim se consegue a sintonia, o livro começa ganhar forma, as letras se atraem, viram palavras e essas em sincronia contam os fatos. (por Iberê)

Verdade sobre apelidos

Existe uma mania utilizada nos relacionamentos afetivos de adoção de apelidos carinhosos entre o casal. Chega ser cômico, para não dizer bizarro e ridículo, a conversa de namorados adeptos desta prática. Neste tipo de relação, acabam perdendo de forma brusca a identidade individual.

Substituem o nome original dos envolvidos por uma alcunha escolhida, forçando uma intimidade inexistente. Quando somos íntimos de fato, trocamos carícias e segredos.

Porém pior ainda, quando deformam as palavras na fala, na intenção de transmitirem afeto. Recursos grosseiros e um  absurdo, a destruição da língua falada não beneficia em nada no relacionamento. Pelo contrário, acaba prejudicando, ninguém agüenta escutar asneiras por período longo.
A linguagem bizarromântica interrompe, suspende e limita qualquer possibilidade de conteúdo no diálogo. Citar "momo papa", torna impossível assunto sério neste contexto irracional de comunicação. A forma errônea funciona como falsa ilusão de carinho e não passa de retardo lingüístico. (por Iberê)

Palavra da moda

Bullying usado para descrever atos de violência física ou psicológica. Já fui vítima, quando criança, por ter um nome, exótico, diferente e peculiar. Na época de escola era chato, irritante, escutar pessoas depreciando meu nome, acabava entrando em atrito e brigando. Lógico briga nunca é uma opção adequada e correta, mas agia de forma equivocada por impulso.
Estranho ainda essa pratica de discriminação estar sendo praticada nos dias atuais. Complicado julgar alguém por ter algo inusitado, essa maneira de preconceito é negativa, prejudica a convivência escolar e impede possibilidade de novas amizades. Pensem um pouco, como seria sem graça, monótono, uma turma escolar com crianças iguais, com aparências físicas idênticas e nomes semelhantes.
Estamos no Brasil, miscigenação, democracia e mistura de raças, tonalidade de pele de todos os tipos, cabelo das cores e formatos mais variados. Na parte física temos de tudo um pouco e a escolha dos nomes é livre, aqui ao contrário de outros países temos autonomia e liberdade para escolher o nome desejado.
Antes de acabar o texto, me esqueci de me apresentar, meu nome é Iberê, muito prazer pessoal e espero terem gostado da leitura. (por Iberê)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Desejos de natal

Quero mulheres, com senso de humor, divertidas, descontraídas, felizes, atraentes, lindas, ao meu lado. Solicito baixas, suspensão da arrogância coletiva, queda do conformismo e senso comum, perda do desânimo e eventual quilo extra. Papai Noel traz bastante álcool, caixas de cerveja, uísque, vinhos, mas em quantidade para manter os devaneios livres em atividade. Tenho um pedido um pouco complexo, como temos aqui desigualdades e seria quase impossível corrigi-las, peço a capacidade de sonhar para cada pessoa, independente da situação, consiga ao menos imaginar uma realidade fictícia agradável.
Como fui comportado, transmiti alegria, passei momentos positivos e nunca tive nem intenção de agredir nenhuma mulher. Aproveito para continuar a minha lista, um ajuste na lei Maria da Penha, quem por ventura se atrapalhe, perca o controle, noção e agrida a companheira, castração imediata do cachorro.  Posso parecer radical, mas não consigo entender como ainda existam estúpidos capazes de ser machão em frente de mulherzinha, O Cercadinho veta e repudia qualquer tipo de agressão contra mulheres .
Um natal com a trilogia da felicidade: queda do marasmo, ausência de conformismo e interrupção no moralismo.  Livre de regras, solto faceiro nos movimentos, ações espontâneas e sorrisos aos montes. Saúde nos brindes e em cada um, doença só a ressaca do trago. (por Iberê)  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Torradas doces - Sabor de uma paixão

Sabores, cheiros, desconhecidos e encantadores. Canto dos pássaros ao amanhecer, rosas nas floreiras e porta-retratos. Fotos, momentos espalhados e registros de felicidade. Na estante o romance Torradas Doces, escrito por dois amantes.
Acorda, café na cama, cafuné e uma ducha. Banho compartilhado, trocam carícias e afeto. Contato dos corpos, as curvas dela na medida exata. Combinação ideal, musculoso e a amada angelical. Acaba o momento de prazer, vão trabalhar.


Atividades profissionais distintas, professora universitária e escritor. Locais de trabalho afastados, se encontravam a noite. Durante o dia, nada de ligações. Deixam a expectativa para o reencontro. Quando vê a esposa, o mesmo olhar apaixonante. Desejo, atração e vontade. Anoitecer jantares românticos, luz de vela, licor ou vinho. Após a janta, beijos ardentes e desfecho no quarto.
Passaram os anos, amor real, o sentimento permanece inalterado. Rosto dela, insiste em ser lindo. Conversas cada vez mais agradáveis, filhos adolescentes, pais ainda em lua-de-mel. Cachorro late no pátio, começam a rir. Risadas compulsivas, recordam os sonhos. Lembram, começo, dificuldades e limitações. Parecia delírio, improvável e fictícia. Completavam quinze anos de união. No período divergências leves, nada de traição. Eram fiéis ao afeto e carinho. (por Iberê)

2011 em fatos


Finalizando o ano, momento nostálgico de recordar, relembrar situações interessantes, agradáveis e outras nem tanto. Listei para vocês 10 tópicos.   
Melhor pegada: Uma loirinha estilo padrão, com 1,70 de altura, corpo escultural, boca marcante, olhos amendoados, pele bronzeada, sub 20, linda.
Momento johnny  Bravo: Durante uma festa, me ofereci para fazer umas fotos de duas amigas. Quando percebi estava aos beijos com as duas e várias fotografias da cena.
Pior pegada: Por sorte estava tão bêbado a ponto de ter esquecido total da criatura, mas o Cebola jura ser horrível a figura.
Melhor seqüência: Uma madrugada, estava com insônia, acabei surtando e foram ao todo 8 vezes, até o amanhecer.
Tião Macalé (segura o riso): Durante uma transa, começa narrar a situação, na hora do orgasmo, me segurei para falar do Brasil ou melhor do Iberê. Sem noção a coitada, bizarro o quadro.
Prato: Jantar de despedida, estrogonofe de frango (peito de frango, creme de leite, queijo, cebola, molho, orégano, pimenta e sal), feito por mim, no encerramento de uma relação afetiva, com gosto amargo de final, mas estava com sabor de recomeço.
Bebida: Cerveja, uísque, caipirinha, qualquer uma com álcool, mas até água na companhia de uma bela mulher.
Pior interrupção: Na cama ao lado de uma ficante, depois das preliminares prolongadas, na parada básica (camisinha) para o ato, capota nestes segundos em sono profundo.
Reflexo atrasado: Estava empolgado, já iria levar embora para continuação, quando sou avisado por Cebola: -Lava o rosto meu e vê com calma, quem tá do teu lado. Depois de passar água na cara, aquele susto era estranha, incompatível as feições e sem condições de finalizar.
Cena Sócrates (efeito do álcool): Cerveja em excesso, três quedas, atrito, briga e grudei a pior pegada do ano. (por Iberê)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Duas versões: um fato

Tinha pego na noite, marquei algo jantamos na casa dela. Era peixe, odeio, engoli sem mastigar. Enfim consegui sair logo da mesa, repetir seria complicado. Após o arremesso da comida, conversa descontraída, cervejada e beijos. Porém não avançava a situação, as mãos ajudavam circulavam, mas continuava retraída e na defesa. Parecia um beijoqueiro e quase massacre pela quantidade. No entanto, ficou nisso, após o jantar, preferi evitar acelerar demais a cena e ser suspensa a continuação. Tática utilizada, provocar dentro do limite possível e em outra ocasião dar seqüência.  
Ele me ligou, veio aqui, estava empolgada fiz uma janta caprichada e demorada, bacalhau à Gomes de Sá. Comeu em segundos, ainda nem elogiou o cardápio. Estranhei, parecia um pouco distante e afastado. Sentamos no sofá, trouxe umas cervejas para tentar animar o ambiente. Ficamos nos beijos, por horas e nada. Nunca fui tão beijada, sem o ato. Estava com vontade, mas não podia falar, escancarar, afinal era primeiro encontro.
Confuso, cada um vê a história da sua maneira e seu jeito. Portanto única forma de simplificar divergência são as palavras ditas. Sem vergonha, sinceridade, pois um momento pode ser perdido por falta de uma expressão. Admito, estranho, meio indelicado, até grosseiro pode parecer, diante do bacalhau feito por ela: -Quem sabe uma tele? Imagine então outra pergunta, a reação negativa poderia gerar. O silêncio evita acabar antes do começo, mas pode suspender o prosseguimento, esse o dilema.  (por Iberê)



*Sigo ainda por aqui, mas até quando? Até ter alguém com interesse de ler meus textos, esse o prazo de validade.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Hora de dar tchau

Simples, direto e objetivo, nunca fui de enrolar e manter uma situação. Estou de forma educada me despedindo de quem talvez tenha lido algum texto meu por aqui. Agradeço de forma sincera o esforço de cada um de vocês em tentar me ler. Sem estender e ser cansativo, chato e insuportável, estou saindo espero ter ao menos feito, darem risadas em algum momento. 
Lamento, mas falhei, não consegui dar dinâmica necessária, forcei demais nas palavras e o afastamento única alternativa. Confesso, tentei fazer alterações, porém nenhuma funcionou como imaginava. Ficando quase um monologo, antes de virar a república do PPS ou histórias da Fifi, me afasto. Beijos em todas e abraços para todos, quem sabe um dia retorne. (por Iberê)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Amor eterno: Realidade ou Ficção

Parece, mentira, deboche diante de tantas relações efêmeras. Será possível o amor durar por uma vida inteira? A realidade parece questionar o fato, mostra uma tendência negativa, com inúmeros divórcios, separações e zomba desta perspectiva romântica.

A possibilidade surge como remota, mais fácil ganhar na loteria jogando um único cartão, ou seja, uma chance de acertar em vinte e quatro milhões quarenta mil e dezesseis. Desanimador, dá vontade inclusive de suspender novas apostas.

Tão raro, quanto um bilhete premiado, a história de um casal juntos a sessenta e cinco anos. Ainda sentem atração mútua e com o avanço da medicina, utilizam o pós viagra para os momentos de prazer. A medicação consiste em injeção no local masculino, portanto recurso dolorido.

Envelhecidos, com problemas cardíacos, alteração de pressão e várias seqüelas da idade avançada. Cada relação pode ser a última, há risco de morte eminente dos dois, os médicos alertaram. Porém ignoram a recomendação e curtem o momento. Após o ato, abatidos pelo desgaste físico, necessitam a presença de ambulância de apoio. A cena repetida e a tendência morrerem entrelaçados juntos envolvidos na consumação do sentimento afetivo. (por Iberê)


domingo, 18 de dezembro de 2011

Cercadinho 2011, retrospectiva

Fiquei na dupla básica, loira e morena, alternava, trocava a companhia com freqüência.  Bebi demais, peguei mulheres boas e até umas ruins, mas culpa da bebida pareciam interessantes. Confuso, lembro histórias, mas nomes maioria já esquecidos. Precisei ser dinâmico e escapar de situações embaraçadas, com habilidade consegui sair ileso, caso contrário poderia estar escrevendo essas linhas com choro de piá ao fundo. Porém a pior ameaça foi por ter pego uma "querida" casada, marido dela não curtiu em nada a questão. Fui seguido, xingado e recebi uma sugestão para me afastar da esposa do corno.

Telefone, mandei mensagens, recebi, ligações e até uns tele salva noite, farmácia e  trago. Noites apaixonantes opções de renovação constante no cercadinho, não consigo ficar restrito a uma, adoro todas as mulheres. Em números, consumi cerca 500 litros de álcool, entre churrascos, festas e afins mais de 100 atividades. Intenso e delirante, tive chave de apartamento, gavetas com itens pessoais, prateleira minha na geladeira com frutas e cervejas. Deixei apaixonadas, opção escapar da rotina, conformismo e dos recados carinhosos.  
Continuo tão delirante, quanto uma chinchila solta no campo, correndo para qualquer lado, parece a principio sem rumo, mas observando se percebe alegria pela liberdade. (por Iberê)


sábado, 17 de dezembro de 2011

Libertado por uma traída

Suplica, implora, chora, nem olha. Grita, manda, obriga, direto rua. Ajoelhada aos pés, tenta argumentar. Insiste por chance de reconciliação. Fala bobagens como primeira e única traição. Pega com força e arrasta para fora da residência. Na janela arremessa os objetos. Telefone na mão e ligações. Alô da sogra, xingamentos.
Momento exigia, presença dos amigos. Queria compartilhar e dividir o fato. Minutos passam, campainha toca. Casa cheia, cerveja gelada e cercadinho de aluguel. Música, embalo e movimento. Madrugada, liberdade e prazer. Quarto, cama do casal, loira e morena.
No serviço, comenta a notícia. Vira alvo e mentor de cantadas. Abordagem agressiva, sem limite de repartição. Bilhetes, emails e olhares. Agenda repleta, possibilidade de alternância.



Aproveita o instante, sem restrição. Mulher, vale investida. Conquistas por uma noite. Dia seguinte inexistente. Casamento desfeito, livre e invejado. Rejeita, a banalidade do sentimento. Quer diversão pura do ato. Despreocupado, ausência de afeto. Relações por diversão física.  (por Iberê)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lua de mel às avessas

Uma relação com prazo de validade, a despedida tinha data definida. Ela, eu, até as chinchilas sabiam do amor efêmero. Tentávamos enganar o tempo, aproveitar cada segundo de forma intensa, como se fossem horas. Um dia ao máximo, virávamos madrugada e atividades de um mês, espalhadas em vinte e quatro horas.


Juntos nem percebíamos, mas os minutos passavam. O relógio parecia estar contra a união, os ponteiros teimavam em correr. Estávamos sempre atrasados, e era quase inútil tentar. Atração mútua e desejo de continuar até o limite.

Disputávamos com vontade, queríamos suspender o cronômetro e manter o contato. Os momentos vibrantes, acelerados, mas limitados ao destino. No futuro recordação, na memória lembrança.

Na despedida, queríamos enganar e fingir indiferença, mas era impossível. Eu gostava e nos olhos amendoados dela, dava para observar lágrimas de sentimento. Mãos trêmulas - um singelo papel com novo endereço, apenas protocolo final. A distância absurda deixava inviável.
Antes de partir, peguei na estante dois livros representativos para o momento: Bíblia do Caos e Diário de um Seqüestro, entreguei como lembranças. Ficou um buraco aguardando retorno. Ausência do caos e o seqüestro na rotina. O lugar continua vago, quem sabe apareça? (por Iberê)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A 24 horas livre

Apareço para jogar futebol, observo antes da partida, mesa cheia de cervejas, meio time em volta, ambiente descontraído e alegria. A notícia, briga, divergência e chute na "querida", um jogador da equipe, após quatro anos, dividindo sonhos, sentimentos e cumplicidade, acabou a união. Perdeu a paciência, na noite anterior, briga, discussão e divergência, preferiu interromper e seguir sozinho. Motivo teimosia, mania idiota da mulher tentar colocar regras e fazer do homem um cordeiro, foi macho e mandou as favas. Simples, direto e objetivo, sem sentimentalismo inútil. Os amigos, dão dicas de opções de noite, alternativas de locais para sair e todos comemoram o fato.

Imagino a cena no ambiente feminino, a “querida” ligando aos prantos para mãe dela. Falando bobagens, como: - Ele me deixou, perdi minha vida! Lamentos, tristeza, queixas e depressão. Junto com amigas, enviando mensagens carinhosas e emails aos montes, para tentar reverter situação. Táticas, planos, projetos, com finalidade de retomar o afeto, desespero ao se imaginar solitária. A dieta esquecida e terapia adocicada, guloseimas, o recurso utilizado para disfarçar o caos.
No fim da partida, outra caixa de cerveja e grupo decide onde será a comemoração. Cada lado uma versão, pode até ter recaída e voltarem, mas em condições novas, quem solicitar a volta, entra na função de submisso. Precisa, a sutileza de um zagueiro e afastar de bico a eventual aproximação. Caso contrário, pode tomar um drible, entre as pernas e perder. (por Iberê)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Desafios

Confesso, não dava bola, ia deixando de lado, a situação parecia sobre controle, sem cobranças e pressão. Ela ficava tranqüila, estática, imóvel e no canto dela. Para mim parecia ótima a relação, nada de exigências e nenhuma conversa inútil. Porém resolveu entrar em outros espaços, já estava ficando chateado com o fato. Havia invadido área restrita e se mantinha em silêncio constrangedor. Argumentar e pedir para sair dali seria a solução mais fácil. Juro, tentei explicar.

Com a ausência de resposta positiva, fui obrigado a encarar. Porém tive trabalho, havia se expandido de forma exagerada. A minha vontade era disfarçar e sair correndo do local, mas seria inútil. Tomei coragem e enfrentei como desafio. Abstrai diante do impacto da cena bizarra e fui colocando a mão, afinal era necessário. No início estava gelada, mas após uma hora de contato e inúmeras carícias foi aos poucos se desmanchando.

Quando acabou o momento desagradável, consegui colocá-la no lugar, abri o armário e guardei a louça limpa. (por Iberê)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Bala perdida encontra infeliz

Autoritária, desprovida de inteligência lógica, desprezava sentimento. Mostrava os fatos, escancarava a realidade, sem receio e fingimento. Sincera ao extremo, direta com as palavras, nela não havia nada de disfarce ou mentira.O marido tratava com ausência de carinho. Ela ofendia, jogava na cara a expressão "barrigudo". Rejeitava carícias, dele queria dinheiro para compras. Tinha uma única filha, questionava o casamento e rejeitava contato com o genro.

Quando a amiga perguntava da dieta, apontava de forma seca e realismo puro. Mostrava sem dó os quilos em excesso e debochava da flacidez da barriga. Na rua assustava, desviavam o olhar. A postura firme, decidida, intimidava e transmitia medo. Andava sozinha, odiava conversas, sua companhia era o fone de ouvido e música. O genro estava sentando no sofá, tomando cerveja e vendo o jogo. No meio da partida uma interrupção brusca. Indignado, xingava o plantão, julgava ser uma fato irrelevante. A notícia - uma bala perdida havia encontrado a sogra. Vibrava como se fosse final de campeonato, soltou foguetes e eufórico não conseguia conter a emoção.

Multidão, presença maciça de público, nos rostos o semblante de alívio. Realismo puro, o fato gerava alegria e entusiasmo. Ambiente de festa, descontraído, a filha chega animada, usando as jóias da falecida. O viúvo encontra amigos de longa data, relembra histórias e momentos felizes.Se aproxima do genro, ficam de papo e combinam um evento festivo. Queriam dividir, vibrar e aproveitar o fim. Em pleno velório, o marido organizou uma rifa. A comunidade contribuiu, afinal o prêmio era a bala perdida. Combinado o sorteio no dia da missa de sétimo dia. Até lá, o suvenir ficou no altar da igreja. Perto do caixão, a amiga gorda, olha e não se contém. "Como esta pálida querida, parece morta". (por Iberê)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Reflexo da Lua

Lobisomem, bobagem e ficção, a realidade modificada, não é normal. Imagem admirada como reflexo um casal de amantes. Quase mágica palavras viram poesia, humor, alegria e companhia. A irritação diária esquecida.


Melancolia, tristeza, depressão, diante dela simbólicos fatos irrelevantes. Tem o poder de fazer sonhar, confesso é algo meio sem noção. Acreditar na incerteza de um futuro, pensar na perspectiva de um amanhã alterado. Pensamentos voam e fogem da lógica, a imaginação fértil, mas com roteiro Walt Disney.
Sentimento deixa seqüela parece idiota, talvez o correto seja ofender, chamar logo de bobo. Sim, fica imóvel, coração acelerado e delírio de união. Cena melosa, complicada de aceitar. Olho vibrante, fixo e com brilho.
Escrevi um texto exagerado parece algodão doce. Forcei nas frases, modifiquei o estilo, tentei mostrar um semblante. Na visão da lua, cada olhar uma alternativa, na leitura destas linhas uma possibilidade de refletir. (por Iberê)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Terapia de Casais

No começo do namoro, ideal. Nos encontrávamos por prazer. Dividíamos momentos agradáveis, sem compartilhar convivência de fato. Pediu para morarmos juntos, argumentou, justificando no sentimento. Parecia tranqüila a proposta, gostava dela, portanto aceitei. De fato, eu quis que morássemos juntos. Ele ainda não parecia tão louco. Ou não demonstrava nenhum vestígio de distúrbio quando fiz tal proposta insana.
Guerra diária, detalhes simbólicos como a cor da escova de dentes. Ela, fica braba e com nojo quando pego a errada. Por mim dá na mesma, afinal trocamos saliva igual. (Minha escova é a VERMELHA, a dele é a AZUL. Tudo muito bem diferenciado. Não é porque nos beijamos que eu preciso compartilhar de todos os fluidos corporais dele. Acharia razoável que ele ao menos respeitasse minha escova de dentes. Hoje eu guardo a minha escova na gaveta do criado mudo. Do meu lado. Chaveada!

Cometeu um erro no critério de seleção de cores, interfere e me confunde. Como colorado, rejeito o azul em objetos pessoais. Daltônico, só pode ser!

Fica braba, indignada, com detalhes, porém o sabonete básico de glicerina, onde anda? Neste banheiro, xampu de todo tipo, cabelos tingidos, mas o meu cadê? Quem tem cabelos tingidos?

O salário dela, usado com as despesas dela, o meu salário é nosso. O custo das chinchilas, uma taxa ilusória, cerca de uma um real por bicho ao mês. O churrasco para família dela, eu banco. As chinchilas retribuem com som, os familiares com conversa insuportável. Hein?
A gilete de barba, utiliza para fazer a depilação das pernas. Quando percebo estou com rosto sangrando, devido a troca de função do aparelho. Juro que não faço isto. Juro! Ele utiliza as lâminas muito mais vezes do que o recomendado e por um delírio acha que eu as utilizo para depilar as pernas. Já expliquei para ele: É cera, Iberê! É cera! Mas eu sugiro que algum dia tentem convencê-lo de algo. Só por diversão... O telefone, desde a mudança, a conta cresce como inflação. Conversa objetiva com as amigas, inviável. Bota dinheiro fora falando com pessoas desagradáveis. Minha mãe mora em outro estado. Meu pai, minha família toda e alguns amigos, também. Apesar de ser eu quem paga a conta, ele insiste em implicar com o valor dela. Parece que o telefone desvaloriza se a conta é alta. Talvez por que o valor da conta de telefone poderia estar sendo usado para deixar os 79 chinchilas que ele possui mais confortáveis, ou quem sabe trocar a ração deles por caviar beluga.

Quer organizar as refeições, se deixar vira restaurante com horário fixo e cardápio definido. Comer na hora certa é um hábito meu. Ele reclama, mas quando eu estou na mesa ele vem e desfruta do que preparei. Depois reclama que não estava com fome. Depois de comer ninguém tem fome, mesmo! Mas as chinchilas tem hora certa para comer. Ele chega a ficar neurótico se estiver na rua e der a hora de comer dos chinchilas. Já fui largada no meio de uma sessão de cinema. Juro!

Os ajustes diários para viver em sintonia. Critica, odeia as minhas chinchilas, tem vontade de matá-las. Confesso sem receio, também tenho raiva e queria matar a sogra. Porém, controlamos o impulso, pois gostamos um do outro. A esquerda é minha. Dela, a direita. Sempre. (por Iberê)

Pai por um mês


Na época tinha vinte e cinco anos e teoricamente sem filhos. Ainda solteiro e nenhum compromisso sério, formado, trabalhava e ganhava um salário qualificado. Uma ligação brusca e notícia de uma ex, complicada a história.

O fato envolvimento e passado, o presente três anos e menina indefesa. Frágil, doente e precisando urgente de medula. A criança sofria de leucemia, portanto aguardava um transplante de medula óssea.
Ficou brabo, irritado em ficar sabendo desta forma. Apavorado entrou na UTI, viu deitada, encolhida e abraçada em ursinho de pelúcia. Começou a chorar, diante da gravidade do quadro. Rejeitou fazer DNA. Havia pressa e necessidade de acelerar para salvá-la. Precisava encontrar alguém compatível, alertou familiares, amigos e até conhecidos. Ele de imediato fez exames para descobrir compatibilidade, chegou inclusive a cogitar o absurdo de um irmão para a menina.

Frenético, acordava e direto ao hospital, saia do expediente e retornava ao local. Não queria perder, tentava desesperado recuperá-la e futuro. Doce, pequena e encantadora, porém quase no final. Acreditava, sonhava, meio desnorteado, com algo simples até banal, a filha saudável. Brincava e falava dos passeios a serem feitos após internação. No quarto, lia histórias de ninar e criava casos hilários para animá-la.

Gravidade, a cada dia reduzia a perspectiva de continuar. Acabou sofrendo, no final antes de ir, a cena repetida abraçada ao pai e com ursinho no colo. A mãe por vaidade, medo, sei lá o motivo. Agüentou e sonegou uma informação essencial, a qual teria salvo a filha. Sim, ela tinha um pai compatível. Foi avisada, na véspera de conhecer as estrelas. (por Iberê)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Peguei e agora querem me pegar

Estou em risco, por causa de casada, deveriam tatuar (casada na testa) para facilitar e evitar imprevistos. Catei essa morena na noite, na famosa dupla, bebida e troca de olhares. Estou com tempo limite, preciso acelerar o texto, afinal pode ser despedida. Simplificando, mantive contato e ontem recebi uma mensagem emblemática dela. -Não posso mais te ver, estou sendo seguida, te cuida!  Pensei ser só um delírio bobo ou maneira de dar tchau a relação.
Porém do nada, quando fazia uma caminhada básica, dois sujeitos aceleraram passo e começaram acompanhar minhas passadas, quando me alcançaram falaram para intimidar. –Presta atenção, ela é casada, cai fora! Estranhei, confesso a atitude, hoje um email com frase.  – Corremos risco de vida se te ver, quero teu bem e preciso me afastar. Ainda tentei disfarçar o significado, enganar a lógica e fingir ser apenas bobagens e mais um final qualquer. Neste instante cravaram o dedo de forma estúpida, sem noção, exagerada no porteiro da minha casa. Não abri, gritos e pontapés na porta.
Acabando esse texto explicativo, chato, confuso e bobo. Após vou ali fora, descobrir meu destino. Confesso, irei tentar alterar, reagir, defender e quem sabe continuar.  (por Iberê)

Saudades dela, a Stela

Sumiu, se mandou, sei lá? Saiu de fininho sem avisar e comentar. Ficou um vazio, buraco e lugar vago. Sentimos falta, carência, solidão, aqui era presença constante e cativa. O Cercadinho, lamenta e espera recuperar, resgatar, a leitora mais fiel e marcante. Puxa, colocamos essas palavras escritas de forma abrupta, na tentativa de quem sabe, leia, pense e volte.
Cadê? Não foge, desaparece, some, estamos fazendo mudanças, alterando, mexendo no espaço, porém tua participação é necessária. Caso esteja lendo, ganhou um bônus do blog, basta enviar os dados para o email (o-cercadinho@hotmail.com). Prêmio camiseta com foto do Wanderlei, cueca usada do Cebola, meias do Iberê (após futebol). Caso mande a mensagem hoje, pode ganhar brinde extra, churrasco com caipirinha e tem direito a conhecer um novo participante, o Marcão.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Filha de um amigo, quer dar para mim

Drama, nada de ficção ou história inventada, neste texto o fato é real. O triste dilema de um homem, diante de uma mulher tortinha de gostosa. Quer comer, parecia fácil, disponível e interessada. Porém tinha uma questão complicada e empecilho a resolver. Pegar ou não a filha de um amigo.
No MSN, conversava com ela, papo tranqüilo sem pretensão, apenas, o oi básico. Recebe um convite para o aniversário dela. Pergunta a idade, brinca diante da resposta, comenta de forma descontraída. "Estou me sentindo um velho, te vi criança, agora uma baita de uma mulher." Retruca: "Para mim não é velho."
Uma surpresa, a festa era fechada, ao contrário dos anos anteriores, ausência de familiares e presença exclusiva de amigos. A mudança evidente no público, o corpo atrativo, mostrava a lógica de uma mulher atraente. Loira, olhos azuis, alta, magra, curvas esculturais, só de olhar já dava desejo.

No local fica meio deslocado, a faixa etária, o contraste de dez anos, afastava dos outros convidados. Estava sozinho, bebendo cerveja, observava o ambiente e esperava o momento adequado de ir embora. Constrangido, tentava desviar o olhar, mas quando percebia, estava com o céu olhando. Exagero, confesso, porém a cor era exagerada, um azul penetrante.
Vontade mútua, chegou junto acabou com a distância. Próximo, afastou o cabelo, conversou no cangote, as mãos circularam pelo corpo dela. No momento de seguir, travou de forma brusca. Lembrou do amigo, se colocou no lugar dele. Controlou o impulso, aquela noite deprimente, fez algo impensado, rejeitou uma bela mulher, por amizade.
Dia seguinte, ela liga, provoca e insinua a continuação do ato. As palavras diretas, evitavam margem de erro. "Trabalho perto da tua casa, posso passar ai no intervalo para continuarmos a cena." Tristeza, remorso, lamentação em dispensar. "Querida, não estou em casa hoje, podemos combinar em outro dia". Criei um argumento para pensar, como fazer sacanagem, sem ser sacana.
Caso fosse prima, sobrinha, irmã, talvez tivesse seguido, porém filha mais delicada a questão. Uma transa, valeria o risco de perder uma amizade? (por Iberê)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Metáfora – Passe Livre

Acaba as preliminares, nove meses de expectativa e aos berros começa o jogo. No começo, torcida em volta, empolgação e incentivo. Cada passo acompanhado, vibração e entusiasmo na arquibancada. Os torcedores batem palmas por lances banais. Pequeno jogador, grita, chora e poucas palavras.
Um minuto, engatinha, se arrasta na grama. Aos dois, fala ainda embolada,
mas consegue correr no gramado. Dos três até os cinco, assimila com rapidez as artimanhas, capaz de burlar as regras, enganar e iludir. Seis até os dez, passa rápido. Onze aos quinze, domínio, drible e amistosos. Dezesseis em diante marcação em cima. Precisa de inteligência, habilidade e qualidade no toque.
Adversários disputam a mesma. Necessita jogadas geniais, mostrar a diferença em relação aos medianos. Até os vinte é individualista, veloz, dinâmico escapa de envolvimento.
Vinte e um até os vinte e cinco, propostas de contratos fixos e duradouros. Na equipe, observa vários aceitando e assinando. Como capitão se mantém firme e continua jogando com passe livre.
Vinte e seis até os trinta e um, a pressão aumenta, querem forçar a assinar um papel. Na equipe é um dos poucos a rejeitar a presença do público diante do altar.
Quer fazer gol, mas por enquanto seguir melhores momentos, sem replay. Ainda mantém o desempenho e quando cansar quem sabe escolha uma exclusiva. (por Iberê)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Palavras falsas

Irrita, indigna, adjetivos forçando intimidade. As expressões fora de ordem e elogios precipitados. Abrupto, estúpido e mentiroso, falar o chavão romântico, eu te amo, antes de conhecer de fato. Quando há interesse, a verdade deve ser dita, sem floreios e exageros.

No início queremos contato, existe atração mútua. Primeiro encontro, complicado comentar sobre os filhos do provável casal, delírio de um futuro incerto. Meloso, ridículo, a fala acelerada e o clássico: amor da minha vida.
Na realidade a noção, o senso e a colocação adequada das palavras diferencia o bizarro afetivo do tipo romântico. O bizarro utiliza clichês, o recurso do control c e control v em qualquer relacionamento afetivo. Anota, conta os fatos e exagera, no caderninho de conquista da bizarrice. Histórias empolgadas, eufóricas, sucesso e nunca fracassa. Ficção braba, a velha vira gostosa. Não tem erro na escrita, palavras mentem.
O romântico analisa, percebe as qualidades e investe de maneira personalizada. Mantém em sigilo, costuma evitar comentários e preservar a pessoa com a qual esta envolvido. (por Iberê)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pulou o cercadinho – MSN com fugitiva


Você quer vir aqui?
Não vou conseguir, só conversar, sabe disso.
Mas você consegue conversar?
Sim, mas vai rolar algo, além da conversa,tem camisinha, ai?
Só duas, compra mais e tenta vir logo.
Só uma pergunta, como foi o fim de semana?
Me acabei no sábado, tive recaída, cheirei todas e bebi tudo e fumei maconha, depois doidonas fomos em festa louca de madrugada.
Onde de putaria? Sim.
Deu para alguém lá?
Queria ver você, te mandei mensagem. Porém um moreno lindo e sarado estava me atentando e me levou para sala separada, ficamos conversando, queria me comer. Fez massagem gostosa, boa e sensual, foi levantando meu vestido me encostou na parede, colocou uma perna minha nas costas dele e chupou, fiquei bem excitada
Deu continuação e te comeu depois?
Quando fiquei bem molhada, ele tirou a camisa dele e tirou meu vestido e me colocou de quatro e me comeu devagar.
Simplificando, estava afim da função, não respondi a mensagem e acabou de rolo com o sujeito?
Você esta bravo?
Caso fosse namorada estaria acabado, mas como erramos amigos, quero saber a história antes de cortar o contato.
Se fosse meu namorado, não teria feito isso, mas você disse que é só meu amigo.
Não teria contado, teria feito inhaca igual.
É que não quer nada sério comigo, então estou seguindo com minha vida
Certo, beleza, boa sorte, nesta jornada.
Como assim?
Não vou te xingar, ficar bravo, nada disso, só fico com medo do risco, pois tem ficado com cada figura.
Nossa isso magoou, não vou mais te incomodar então. Sou estranha, realmente, não sei mais o que fazer da minha vida.
Precisa mudar teu destino, mas isso é contigo, só tu pode te ajudar. Caso queira ser levada a sério, precisa te levar a sério. Quem precisa te levar a sério é tu, te limpar de fato.
Você namoraria comigo?
Não, nunca, vive kamikaze, descontrolada, pode partir a qualquer momento, brinca com morte e com as pessoas.
Ok, só isso que queria saber.
É preciso ter medo da morte, não tem apego a vida e a ninguém. Vive por instantes e por isso usa drogas, não se preocupa com continuidade
Entendi, então para de me usar para sexo.
Nunca te usei, afinal nada foi forçado e nem esquenta, já parei.Tenho receio, medo e procuro evitar riscos desnecessários de doenças.
Nossa, pelo menos sei o que pensa de mim.
Sempre fui sincero, isso não pode me condenar.
Não quero entender nada, estou muito triste com você. Está me deixando deprimida, como se eu fosse um lixo usado e descartável.
Não falei nada disso. Lamento, mas talvez tenha sido o único homem honesto contigo, sem ser moralista, hipócrita, nem te julgar, apenas citando os fatos.
Nem precisa, é como esta me fazendo sentir, ninguém gosta de mim.
Faz ajustes então, pois são necessários.
Eu sou feliz assim e quero achar alguém que me entenda e ame.
Precisa te entender antes, assim fica uma busca estilo Caverna do Dragão, interminável.
(por Iberê)
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